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Ensino Integral na escola Sylvia Mello completa cinco anos

Escola foi a primeira estadual do Município a expandir o horário de aulas diárias para o Ensino Médio; modelo agora inclui últimos anos finais do Fundamental

Foto: Volmer Perez - DP - Para 2025, no Sylvia Mello, os alunos passarão a estudar durante a manhã e tarde desde o 6º ano

Uma das mais tradicionais do bairro Fragata, a Escola Técnica Estadual Professora Sylvia Mello tem 527 alunos matriculados, sendo desses 184 estudando no módulo integral. Com uma grade de atividades que inicia às 07h50min e termina às 16h20min, quando a ampliação de horário entrou em vigor em 2019, foi um desafio de adaptação para os estudantes e para os professores. Hoje, a aceitação e os benefícios da mudança na instituição motivaram a equipe diretiva a implementar também no Ensino Fundamental.

A modalidade integral iniciou para os últimos anos do Ensino Fundamental neste ano. Para 2025, no Sylvia Mello, os alunos passarão a estudar durante a manhã e tarde desde o 6º ano. A escola é a primeira pública do Município a ofertar a educação em tempo integral para o Fundamental e Médio. A diretora Maria Angélica Lessa conta que aceitou a tarefa de coordenar mais turmas no modelo devido a grande adesão dos alunos já inseridos no formato e o engajamento dos docentes. “Não vou dizer que é um mar de rosas, porque tem problemas sim, às vezes falta merendeira, professores, mas nada que não se consiga resolver”, conta.

Apesar dos percalços atuais, no início do Ensino Integral os desafios eram ainda maiores, isso porque na época a maioria dos alunos eram contrários ao formato pelo número de horas a mais dentro da escola, e alguns professores também viam dificuldades de efetivação da proposta. “No início houve uma relutância por parte dos estudantes, eles pensavam que ia ser muito chato”, relata. Em visita à escola, a reportagem constatou a mudança relatada pela diretora, agora, boa parte dos estudantes inclusive ficam após o horário por vontade própria para praticar esportes no pátio.

Conforme Maria Angélica, a mudança se deu devido ao método de ensino que o Sylvia Mello adotou, tornando o aluno “protagonista” da sua formação e do incentivo dos professores com propostas inovadoras e criativas. “São professores engajados em inovar no ensino e captar a atenção dos alunos. É cansativo, mas graças a Deus eu estou correndo para abrir mais turmas”, diz orgulhosa. Dentre as atividades que cativam os estudantes estão a didática de aulas com práticas, projetos, feiras e concursos fora da escola. Além disso, a equipe diretiva tem apostado em melhorias na infraestrutura, com a criação de laboratórios e espaço de convivência para tornar o ambiente mais confortável e atrativo. “É um desafio diário, tu tem que convencer o aluno a ficar na escola, a gostar do que ele está fazendo”.

A diretora conta ainda que o resultado positivo do Ensino Integral pode ser constatado pela diminuição na evasão da escola e de transferência para o turno noturno. Apesar de que a ocorrência na maior parte das vezes se dá devido a inserção dos jovens no mercado de trabalho e o conflito de horários com a instituição. “Se tu me perguntasse há cinco anos o que eu achava do integral, eu iria te dizer que era uma furada. Hoje eu penso que se na época em que meus filhos estudavam, se tivesse integral, eu colocaria eles”, diz.

A avaliação de quem estuda
Com o ingresso de novos alunos no Ensino Médio e Fundamental na modalidade integral, um grupo de estudantes já veteranos resolveu formar uma espécie de comissão de boas-vindas auxiliando nas atividades e na adaptação dos iniciantes no Sylvia Mello.

Alunas avaliam que formato implementado é positivo

Uma das integrantes, Antonia Moreira, estuda no local desde o 6º ano do Fundamental e, atualmente no 2º ano do Médio, conta que mudou de opinião drasticamente sobre a educação integral. “É bem melhor do que antes, agora tem cursos, projetos, então está sendo muito bom”.

Outra aluna do Ensino Médio, Kézia dos Santos, avalia que o período maior na escola fez o seu foco e aprendizado evoluírem significativamente. “Para mim foi bem interessante, até porque ocupa mais a cabeça e os alunos acabam aprendendo mais. Foi a melhor opção para mim, porque eu estou bem melhor com os estudos”.

Questionadas sobre o que estariam fazendo com o tempo que seria livre se não estivessem matriculadas na educação integral, as alunas avaliam que não se dedicariam a nenhuma atividade produtiva. “Acho que eu estaria a tarde toda mexendo nas redes sociais”, diz Antônia. Já Kezia complementa: “a gente não estaria fazendo alguma coisa muito interessante. íamos ficar só de preguiça”

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